SANTOS (E POLÍTICOS) QUE PERDERAM A CABEÇA - P. Gonçalo Portocarrero de Almada
A moda é antiga, porque já João Baptista, festejado no passado dia 24, foi decapitado. Foi o primeiro santo que, em termos literais, perdeu a cabeça. Muitos outros lhe seguiram as pegadas (ou cabeçadas?!), nomeadamente os dois mártires ingleses celebrados liturgicamente dois dias antes: São João Fischer, Bispo de Rochester, e São Tomás More, chanceler do Rei Henrique VIII.
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As circunstâncias que rodearam o martírio de João Baptista são bem conhecidas. Filho de Isabel e de Zacarias era, pelas mães de ambos, primo de Jesus de Nazaré. Como nasceu quando os seus pais eram já de idade avançada, não tinha irmãos e é provável que tenha ficado órfão muito novo. Talvez por isso foi viver para o deserto, onde se vestia de peles de animais, comia gafanhotos e mel silvestre. Não era só a sua vida penitente que era dura: também as suas palavras o eram, quando o exigia a caridade.
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Santos Inocentes - Nuno SP
Santos Inocentes - Nuno Serras Pereira
27. 12. 2006
Ao longo da história não há memória de alguém se ter escandalizado com os qualificativos de tirano cruel e feroz sanguinário atribuídos ao rei Herodes por ele ter mandado passar a fio de espada as crianças de Belém e seus arredores. Nem tão pouco se tem notícia de qualquer acusação de violência verbal a quem tenha recorrido a esses epítetos ou a outros ainda mais fortes. E a razão é simples: os termos usados são adequados à descrição do acto brutal que deu origem ao sucedido. Nos dias de hoje, porém, relativamente a alguns assuntos, repito, exclusivamente em relação a algumas questões, tem-se por falta de elevação e por afronta descabelada o recurso aos termos mais precisos e rigorosos, de que a nossa língua dispõe, para representar o que se passa. Em vez de se chocar com o horror do que é relatado a maioria detém-se melindrada com as palavras que o transmitem. Não considera nem se ofende com o mal existente, mas toma-se de fúrias com quem o aponta ou mostra.
Nota da Conferência Episcopal Portuguesa CELEBRAR E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA
Nota da Conferência Episcopal Portuguesa CELEBRAR E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA |
Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
CELEBRAR E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA
1. Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias casas.
2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente. Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor. Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet; estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.
3. Caso não seja possível a realização da catequese presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os catequizandos e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as possibilidades de lhes proporcionarem este serviço: por meios digitais e outros, direcionados preferentemente aos pais, no caso da catequese da infância, para que sejam estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos seus filhos a mensagem cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo acompanhamento dos filhos durante eventuais sessões de catequese à distância para os ajudarem a concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões e dúvidas que os filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a catequese por meios digitais será uma ilusão. 4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das comunidades, Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias, para viver, partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na presença de Deus que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao encontro de quem mais precisa. 5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um mundo mais solidário e fraterno.
Fátima, 13 de novembro de 2020
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